O entendimento correto no budismo é a base que nos permite ver a realidade como ela é, reconhecendo o sofrimento, suas causas e a possibilidade de superá-lo através da prática consciente e compassiva.
Contemplar o não-desejo é outra maneira de praticar a concentração na ausência de objetivo. Cada um de nós carrega uma boa dose de desejo internamente.
Quando você está inflamado, nervoso, discutindo, você não está comprometido com os fatos, com a verdade, você está comprometido com a vitória, com ganhar a discussão a qualquer preço. Sua mente está cega, blindada, furiosa, tendenciosa e, dessa perspectiva distorcida, o mundo ao redor será sempre uma ameaça constante.
Sobre a contemplação na interdependência, os métodos para se encontrar a verdade devem ser vistos como meios e não como fim.
Existe um predador no interior de todos nós. Ele não existe para predar outras pessoas, mas para caçar a nós mesmos, devorando nosso discernimento, afastando a sabedoria.
Algumas tartarugas vivem trezentos ou quatrocentos anos, e algumas sequoias vivem mais de mil anos.
As cicatrizes no rosto revelavam que ele esteve envolvido em muitas brigas violentas
Nossa qualidade de vida e nossa verdadeira felicidade não dependem de condições ou provas externas. Não dependem de quanto dinheiro temos, de qual é o nosso trabalho e de como é a nossa casa.
Para abraçar o caminho espiritual inteiramente, ser capaz de nele crescer e percorrê-lo com uma sensação de segurança, é necessário renunciar.
Um mestre disse certa vez que a questão da vida e da morte é a própria questão do despertar. Estar ou não estar alguém vivo depende de ele estar ou não com a mente alerta.
Um livro muito bonito escrito por Kim McMillen, contém uma bela coleção de sabedoria que é surpreendente em sua simplicidade.
Uma pessoa pode encontrar paz dentro de si mesma em qualquer situação, qualquer lugar, qualquer circunstância, mas só através do esforço, não através da distração. O mundo oferece distrações e contatos sensuais que são na maioria das vezes muito tentadores.
As Cinco Lembranças são cinco verdades que o Buda disse que todos deveríamos contemplar e aceitar. Ele disse aos seus discípulos que refletir sobre essas cinco verdades faz nascer os fatores do Caminho Óctuplo.
Imagine, por um momento, uma linda flor. Essa flor pode ser uma orquídea ou uma rosa, ou mesmo uma simples margarida que cresceu às margens de uma estrada.
Em nossas vidas cotidianas, a nossa atenção se encontra dispersa. Nosso corpo está em determinado lugar, ignoramos a nossa respiração e a nossa mente permanece vagando.
Em cada um de nós, há uma criança jovem e sofredora. Todos nós passamos por momentos difíceis na infância e muitos de nós vivemos traumas. Para nos proteger e defender contra futuros sofrimentos, muitas vezes tentamos esquecer esses tempos dolorosos.
Todos os debates são inúteis, o próprio debater é uma idiotice, ninguém pode atingir a verdade pela discussão. Todas as discussões são uma grande perda de tempo, porque provocam um clima no qual qualquer entendimento entre duas ou mais pessoas se torna insuportável, onde qualquer coisa dita é sempre mal interpretada. Uma mente que está disposta a vencer, a conquistar, não consegue compreender nada. Isso é impossível porque a compreensão necessita de uma mente tranquila e não violenta.
A palavra “política” está sendo muito usada, hoje em dia. Parece haver uma política para quase tudo. Eu ouvi dizer que as ditas nações desenvolvidas estão estudando um programa político para o lixo a fim de enviar, em enormes barcaças, os seus lixos ao Terceiro Mundo.
Imagine três árvores juntas em uma floresta. Elas não conversam, mas sentem a presença umas das outras. Quando você as observa, parece que elas não fazem nada. No entanto, elas estão crescendo e oferecendo ar puro para que os seres vivos possam respirar.
Há um termo na psicologia budista que poderia ser traduzido como “formações internas”, “algemas” ou “nós”.
A flor de lótus é um símbolo da trajetória de libertação. A semente da flor de lótus é uma esfera com uma casca muito dura e com longa capacidade de sobrevivência. Foram encontradas algumas sementes de lótus no túmulo de um imperador chinês, aberto no século XX.
Em uma ocasião, o Abençoado entrou no salão de assembleia e os irmãos silenciaram sua conversa. Depois de cumprimentá-lo com as mãos entrelaçadas, eles se sentaram e se recompuseram.
Numa noite fria de inverno, eu voltei para casa de uma caminhada pelos morros, e encontrei escancaradas todas as portas e janelas do meu eremitério.
Quando eu tinha quatro anos de idade, minha mãe costumava trazer um biscoito pra mim toda vez que chegava em casa do mercado. Eu sempre ia até o jardim da frente para comê-lo sem pressa, às vezes passava meia hora ou quarenta e cinco minutos saboreando um biscoito.
Neste exato momento, todos estamos morrendo. Alguns mais lentamente, outros de maneira mais rápida.
Todos temos insights. Sabemos que o objeto do nosso desejo não é tão valioso. Sabemos que não queremos ser capturados. Sabemos que não queremos gastar todo nosso dinheiro, tempo e energia nisso. Ainda assim, não somos capazes de nos livrar do desejo.
Algumas coisas que entendemos como erradas podem estar certas, enquanto as coisas que consideramos certas podem estar erradas.
Era uma vez um belo rio que passeava entre colinas, florestas e prados. Ele começou como um alegre córrego d ́água, uma fonte sempre dançante e cantante descendo ligeiro desde o topo da montanha.
Vamos imaginar que, olhando para o céu, vemos uma linda nuvem. E pensamos: “Ah, que nuvem linda!”. Pouco mais tarde, voltamos a olhar para o céu, que está limpo e azul, e pensamos: “Ah, aquela nuvem desapareceu”. Em dado momento, as coisas parecem existir, mas depois elas se vão. E nós observamos tudo dessa maneira, pois tendemos a estar presos a sinais, aparências e formas familiares, e isso nos impede de enxergar a verdadeira natureza da realidade.
É importante desenvolver o entendimento correto sobre os prazeres dos sentidos. O Buda explica o que é a gratificação, os perigos e a escapatória dos prazeres dos sentidos.
Noções dualísticas, como nascimento e morte, ser e não-ser, semelhança e alteridade, vir e ir, são a base de todas as aflições.
Todos nós queremos ser felizes, e há muitos livros e professores no mundo que tentam ajudar as pessoas a serem mais felizes. No entanto, todos nós continuamos a sofrer.
Se você alguma vez leu Dom Quixote, irá se lembrar que ele lutava contra moinhos de vento. Todos estamos fazendo exatamente o mesmo, lutando contra moinhos de vento. Dom Quixote, que foi a invenção da imaginação de um escritor, era um homem que acreditava ser um grande guerreiro.
Sempre gostei de histórias e em particular de histórias que requerem que o leitor sofra um pouco e que verta algumas lágrimas no desenrolar da ação, antes do final feliz. Atualmente, o Caminho Óctuplo é a minha história preferida;
Em certa ocasião, um sábio mestre escutou seu discípulos conversando sobre vários tópicos inferiores
À você, eu gostaria de dedicar algumas linhas aos métodos a serem usados para a pessoa se libertar da estreiteza da mente, e obter o destemor e uma a grande compaixão.
Quando a nuvem não está mais no céu, isso não significa que a nuvem morreu.
Ao tentarmos compreender o que é o amor, estas são as questões que podemos colocar a nós próprios: O que é o amor? Quais são as vantagens e desvantagens do amor?
Aquele que ama, o amado e próprio amor, são todos por natureza impermanentes. As alterações e as mudanças que ocorrem, devido a causas e efeitos, significam que nada no mundo, incluindo o amor pessoal, é permanente ou capaz de oferecer um verdadeiro refúgio.
O tipo de amor pessoal que sentimos desde o início das nossas vidas é o amor entre pais e filhos. Ao crescermos vemos a presença dos nossos pais como algo permanente, pois eles aparentam ser um elemento fixo no mundo tal como a terra, a água, o fogo e o ar.
O Buddha ensinou que a principal condição para um casal viver junto e feliz, é partilharem os mesmos padrões de conduta, de crenças e de valores. Naturalmente, somos aconselhados a ponderar bem este ponto, de preferência antes e não depois de concordarmos juntar a nossa vida à do outro. Talvez possamos, através do amor, ser capazes de aceitar diferenças fundamentais de opinião e de conduta no nosso companheiro, mas não será fácil; e as coisas tornam-se mais complicadas quando as crianças entram na equação.
O tipo de amor em que as pessoas demonstram mais interesse é sem dúvida o amor romântico. Quase toda a gente espera ter a sorte de encontrar a sua alma gêmea ou um bom companheiro para a vida e depois viverem felizes para sempre.
Os jovens frequentemente veem no amor a solução para todos os problemas da vida. Pensam que o principal é simplesmente amar e ser amado; desde que isso esteja presente, tudo o resto se resolverá por si próprio.
Outra dificuldade que pode acompanhar o amor é o desconforto com as famílias dos nossos companheiros.
Não é objectivo do Budismo encontrar somente defeitos no amor, mas antes ensinar-nos a abrir os nossos corações à verdadeira natureza das coisas.
Na estória das três perguntas do imperador, ele poderia continuar a reinar satisfeito, sem o risco de cometer nenhuma falha, somente se conseguisse a resposta para as seguintes perguntas