Imagine três árvores juntas em uma floresta. Elas não conversam, mas sentem a presença umas das outras. Quando você as observa, parece que elas não fazem nada. No entanto, elas estão crescendo e oferecendo ar puro para que os seres vivos possam respirar. Em vez de descrever a meditação sentada como a prática de concentrar-se, observar profundamente e alcançar insights, eu gosto de descrevê-la como o prazer de não fazer nada. Em primeiro lugar, sentar-se é desfrutar do prazer do ato de estar sentado, mantendo-se completamente vivo e em contato com as maravilhas do corpo em funcionamento, com o ar fresco, com o som das pessoas e dos pássaros, com as cores que mudam no céu.
Meditação O termo adequado para sentar-se e estar consciente é “meditação sentada”. “Zen” é o termo japonês para “dhyana”, que, em sânscrito, significa “meditação”. A meditação é simplesmente a prática de parar e olhar em profundidade. Você não precisa se sentar para meditar. Sempre que estiver olhando em profundidade (seja caminhando, cortando legumes, escovando os dentes ou indo ao banheiro) você pode meditar. Para poder olhar em profundidade, você precisa dedicar um tempo, parar tudo e enxergar o que de fato existe.
Com consciência plena e concentração você consegue dirigir o seu olhar ao que existe e observar isto em profundidade. Você consegue começar a enxergar a verdadeira natureza do que está à sua frente. Pode ser uma nuvem, um pedregulho ou um ser humano. Pode ser também a nossa raiva. Pode ser o nosso próprio corpo e a sua natureza de impermanência. Sempre que paramos de verdade e observamos profundamente, o resultado é uma melhor compreensão da verdadeira natureza do que existe dentro de nós e ao nosso redor.